
Consultar um nutricionista é mais que procurar um profissional que te faça emagrecer e trace um plano alimentar devidamente calculado com todos os macros e micronutrientes. É buscar nesse profissional, a confiança. Afinal, você vai compartilhar a sua saúde e, confiança, é algo que se conquista gradativamente. Sendo assim, precisamos nos conhecer, concorda?
Durante o processo, vou ouvir o que você se sentir à vontade para compartilhar comigo. Suas expectativas, seus hábitos de vida, suas inseguranças, suas vitórias, sua rotina, seus hobbies porque tudo isso, pode acreditar, tem relação com as suas escolhas alimentares.
E nutrição é isso, acolher você antes de qualquer prática ou avaliação nutricional.
Qual sua relação com a comida?
A sua relação com a comida seja esta, tradicional, vegetariana, vegana, com ou sem restrições é construída ao longo da sua vida. E é tão natural para você se alimentar, que desde à sua formação fetal, você recebia alimento de sua mãe. Ao nascer, lá estava você, em condições orgânicas, sugando o seio materno e, em outras situações adversas, recebendo fórmulas preparadas com todo cuidado para garantir seu aporte nutricional e, consequentemente, seu desenvolvimento. O tempo foi passando e você foi crescendo, foi construindo seu paladar conforme o ambiente em que vivia. Chorando, rindo, comemorando aniversário, formatura; enfrentando estresse, ansiedade; ora fazendo dieta ora restringindo um alimento e outrora seguindo os alimentos “queridinhos da moda”. Happy hour com amigos, pizza aos finais de semana, coffee break em intervalos de reuniões, atividade física, suplementos, alegrias, tristezas, raiva, rancor, vergonha, entusiasmo e uma série de sentimentos regados a bebidas e comidas diversas.
E eu pergunto: Quando foi que a comida representou apenas prazer na sua vida? Será que em alguns desses momentos você comeu porque estava com medo, raiva, frustrada ou imensamente feliz? Você já se sentiu culpada por ter se alimentado em excesso ou ter saído de sua rotina alimentar? Você já ficou de frente ao espelho condenando seu corpo e desejando o corpo da pessoa das mídias sociais? Pare, respire e pense sobre isso.
Você, ao pensar sobre isso, respondeu sim? Então eu te convido, neste segundo passo, a iniciar sua jornada em busca da sua transformação alimentar, por meio de práticas e ferramentas nutricionais que farão você perceber o seu valor, o respeito por si e o ser humano portador de uma coragem infinita e, sim, você é merecedor de respeito e acolhimento.
Vamos, lado a lado, iniciar este ciclo transformador e explorar o que nutrição pode fazer por você?
O foco é Você
Todo atendimento nutricional é direcionado para você. Durante a consulta não existe ninguém mais importante do que você.
Preciso saber sua altura? Preciso saber o seu peso? Preciso aferir suas medidas? Preciso de seu recordatório alimentar? Preciso saber de seu histórico de doença?
Bom, a única coisa que eu preciso é ouvir você e ter a sua confiança e ao chegar no terceiro passo você pode pensar: “Ah, gostaria de falar sobre meu peso” ou “pensando bem, quero que ela me aplique a antropometria” ou “realmente, eu quero uma dieta e um cardápio”. Mas também, você pode pensar: “Adorei as ferramentas e práticas que desenvolvi junto à minha nutri, mas gostaria de um cardápio só para mim” ou “nossa, ela me ouviu, não me julgou e quero continuar com o atendimento do jeitinho que está” ou “agora aprendi sobre o que é educação e reeducação alimentar, consigo até cozinhar minha própria comida e dividir meu tempo para fazer o que realmente gosto, mas fico confortável em verificar minhas medidas” ou “será que posso fazer um pouco de cada coisa e pensar a nutrição de um modo diferente?
Aqui, você aprende sem sofrer, sem se culpar, que você pode ter um plano alimentar gostoso diversificado sem restrições. Você pode querer uma avaliação antropométrica e uma dieta se julgar necessário mas, também, você pode abrir mão disso porque você durante toda a sua jornada percebeu que seu comportamento alimentar mudou. Você pode perceber que seus hábitos já não são mais os mesmos e você se sente bem, não se compara mais a ninguém, não precisa mais ficar se machucando ou se culpando porque comeu aquilo que tinha vontade.
E sabe por que isso acontece?
Porque você vivenciou e saboreou cada etapa do seu ciclo de transformação e entendeu que os alimentos são seus aliados e que não é preciso fazer restrições. Você percebeu que a reeducação alimentar e a mudança de consciência proporcionadas pela ciência da Nutrição, estava em você o tempo todo, porque nutrir é inerente ao ser humano e você só voltou as origens de quando ainda, um pequeno feto, já buscava os nutrientes; depois, passou a mamar, em seguida começou a explorar os sabores do mundo e descobria pouco a pouco os mecanismos da fome e saciedade.
Você é o centro, você é o todo. E você é o autor de sua boa relação com a comida.